Quem compra CDBs empresta dinheiro para o banco financiar sua atividade de crédito. O banco em contrapartida paga ao investidor uma taxa de juros até o vencimento do produto.
Como Funciona?
Se você já investiu no Tesouro Direto, sabe que quem compra títulos públicos na prática “empresta” dinheiro para o governo fazer a máquina pública girar. Da mesma forma, quem investe em debêntures empresta recursos para uma empresa realizar grandes projetos. A lógica é exatamente a mesma nos certificados de depósito bancário: quem compra CDBs empresta dinheiro para os bancos financiarem suas atividades de crédito.
Os bancos captam dinheiro com os CDBs oferecendo em troca uma remuneração – os juros – aos investidores, por um determinado período. Os recursos são usados por essas instituições para conceder empréstimos a outras pessoas.
Só ficam de fora os valores que os bancos são obrigados a recolher como depósito compulsório junto ao Banco Central – cerca de um terço do que captam. Esse volume de recursos não pode ser emprestado. A obrigação serve exatamente para que o governo consiga controlar o dinheiro em circulação na economia.
Rentabilidade
CDB prefixado: O investidor consegue calcular exatamente a remuneração em reais que obterá até o vencimento do papel. Um CDB prefixado com taxa de 5% ao ano, por exemplo, oferecerá exatamente essa remuneração até o fim.
CDB pós-fixado: É tipo mais comum de CDB disponível no mercado. O indicador mais comum para os CDBs pós fixados é a taxa do CDI, principal referência de rentabilidade da renda fixa. Exemplo: Em um CDB com remuneração de 100% do CDI ao ano, por exemplo, o investidor vai ganhar 100% do que render o CDI ao longo de um ano. A mesma lógica funciona para um papel que pague 80% ou 120% do CDI.
CDB atrelado à Inflação: A remuneração destes papéis mescla as duas estruturas. Oferecerem como retorno uma parcela prefixada (5% ao ano, digamos) e outra pós fixada (variação da inflação, medida pelo IPCA ou pelo IGP-M).
Liquidez
Os CDBs são papéis com vencimento, isso significa que as condições acertadas na aplicação são garantidas até a data de vencimento, quando o dinheiro volta pra conta do cliente.
Alguns CDBs permitem que o resgate seja feito a qualquer momento antes do vencimento, enquanto outros só permitem o resgate na data de vencimento
Custos:
Os CDBs não envolvem a cobrança de taxa de administração.
Mas pode apresentar uma rentabilidade diferente dependendo da plataforma de investimento pela qual estiver sendo oferecido. Isso acontece porque as corretoras são como uma loja que vende produtos financeiros. Cada uma delas estabelece uma margem de ganho sobre o valor “de fábrica” do CDB.
Imposto de Renda
Segue abaixo a tabela de IR cobrando dependendo do tempo que o investidor ficar na aplicação:
0 até 6 meses | IR de 22,50%
6 meses a 1 ano | IR de 20,00%
1 a 2 anos | IR de 17,50%
acima de 2 anos | IR de 15,00%
IOF (Imposto sobre Operações Financeiras)
A alíquota pode variar entre 96% e 3% da rentabilidade – o IOF também diminui com o tempo do investimento e só é cobrado se o investidor sair da aplicação com menos de 30 dias.
Vantagens e Riscos
Um dos pontos positivos dos CDBs é que eles são investimentos muito simples e populares. Para aplicar, basta transferir o dinheiro da conta corrente para o CDB.
Um aspecto fundamental a ser observado antes da tomada de decisão diz respeito à rentabilidade prometida pelo papel. Dado que o título público Tesouro Selic tem um rendimento atrelado à variação da taxa Selic (que anda lado a lado com o CDI) e conta com liquidez diária, para a aplicação ser vantajosa, o CDB selecionado precisa oferecer um retorno igual ou superior a 100% do CDI.
Outra vantagem de investir em CDBs é o fato de que eles são cobertos pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC). É uma espécie de “seguro” que devolve até R$ 250 mil do valor aplicado pelo investidor no caso de a instituição financeira quebrar.
Fonte: Infomoney
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